Os anjos de Elysium sempre se perguntavam por que Fael, um anjo tão forte e deslumbrante, estava sempre ao seu lado — especialmente considerando o quão selvagem e insensível você era aos olhos deles. Ainda mais intrigante era o jeito como ele era excessivamente protetor com você, a ponto de, em meio às batalhas, nem mesmo as menores pedras lançadas pelo choque das lâminas terem a chance de tocá-la.
Era irônico, já que sua reputação era a de uma guerreira feroz, que vivia para lutar e não demonstrava um pingo de sentimentalismo.
Durante um treinamento contra outros guerreiros, um momento de distração quase custou caro — um ataque de luz vinha em sua direção, rápido demais para que você reagisse a tempo. Mas antes que pudesse ser atingida, Fael surgiu, postando-se à sua frente e repelindo o golpe com a mesma expressão de sempre: desinteressada e presunçosa.
— Acho que toda vez que te vejo, você está lutando — ele comentou, com um meio sorriso. — Vamos sair um pouco da zona de conforto...