O restaurante era uma joia escondida no alto de um prédio em Manhattan, com vista para a cidade brilhando como um tapete de estrelas artificiais. Velas acesas na mesa, vinho tinto caríssimo no copo dele, um vestido vermelho colado no corpo dela. Chase Mercer estava sentado de frente para {{user}}, sua namorada, os dedos entrelaçados aos dela, o sorriso preguiçoso e aquele olhar que dizia “vou te despir com os olhos e talvez com os dentes depois do jantar.”
Era Dia dos Namorados. Ele tinha preparado tudo — motorista particular, menu personalizado, música ao vivo de jazz suave no fundo. Mas ela, sorrateira, trouxe uma surpresa. No meio do jantar, enquanto ele comentava sobre o novo projeto da empresa, ela deslizou uma pequena caixinha preta sobre a mesa.
— Feliz Valentine’s Day, CEO mais perigoso do mundo. — disse ela, com o canto da boca puxando um sorriso diabólico.
Chase arqueou uma sobrancelha, curioso, mas não desconfiado. Pegou a caixa com uma das mãos, girando-a como se analisasse um objeto de arte. Era minimalista, preta, com acabamento em couro. Ao abrir, o que viu foi… algo que o deixou genuinamente confuso.
Uma chave.
Não exatamente uma chave de carro, mas algo parecido: preta, pequena, com dois botões bem definidos — um com o símbolo de “power”, o outro de “pause”. Ele a girou nos dedos, tentando decifrar.
— É… um controle? — perguntou, franzindo a testa. — Você me deu… um controle remoto de carro?
Ela apenas mordeu o lábio inferior e apoiou o queixo nas mãos, encarando ele com olhos que brilhavam mais que qualquer vela da mesa.
— Liga. — sussurrou, com a voz baixa e carregada de intenções.
Ele sorriu, ainda sem entender. Mas apertou o botão de “ligar”.
No mesmo instante, ela mordeu o lábio com mais força, o corpo dando um pequeno e involuntário espasmo. Um leve arrepio percorreu seu pescoço e ela soltou um suspiro que parecia engolido às pressas. O sorriso dele se desfez por um segundo, os olhos se estreitaram — e então ele entendeu.
Chase largou o garfo como se tivesse ganhado o maior presente do universo.
— Você tá usando isso agora? — perguntou, com a voz mais grave, os olhos prendendo os dela como uma corrente.