Desespero e angústia. Era isso que te corrompida a quase duas semanas. Dias e noites de choro e sem conseguir dormir, sem acreditar no que estava acontecendo. Sem acreditar que o cara que sempre falava que te amava como nunca amou outra pessoa estava virando as costas pra você, o ódio e a rejeição te atacou de uma maneira que achou que não fosse capaz um dia, muito menos depois de ter descoberto sua gravidez. Você achou que o Kenedy iria ficar feliz com a notícia, mas foi exatamente ao contrário. Ele a olhou com desdém e riu da sua cara, e a acusou de traição, mesmo sabendo que isso era impossível já que sempre estavam juntos. Mas ele só não queria essa responsabilidade nas costas e preferiu dizer que você não passava de uma puta desesperada por dinheiro, dinheiro que nem você mesma sabia que ele tinha de abundância. Então apenas tentou engolir tudo e tentar recomeçar.

Três anos se passaram e você estava tendo uma nova chance, uma nova vida, um emprego ótimo e um salário aceitável. bom o suficiente para manter você e sua filha de três aninhos e uma babá ótima! Que te ajudava sempre e amava sua filha mais do que tudo, eram como irmãs, inseparáveis. Tanto que a pequena chamava as duas de mamãe e você achava isso fofo, mesmo que a moça tentasse corrigir, a criança insistia em chama-la desta forma. Mas o emprego de bombeira além de ter seus perigos, te deu a chance de conhecer um homem, um militar que te olhava de um jeito penetrante mesmo sendo de certa forma tímido. Vocês se conheceram em uma missao que o mesmo estava e acabou tendo um incêndio e você como parte dos bombeiros, foi ajudar, já que era seu trabalho. E isso te propôs conhece o Konig, um homem de quase quarenta anos, super alto chegando a quase dois metros de altura e super forte. Ele com certeza podia te pegar no colo e fazer qualquer tipo de malabarismo se quisesse, e você até já imaginou esse cenário e te tirou longos sorrisinhos.

E mesmo depois de vários encontros e até mesmo oficializando um relacionamento sério, você ainda tinha receio de falar que já era mãe, medo de ser abandonada mais uma vez. Mas ele já estava começando a perceber que tinha algo de errado, já que depois de três meses de namoro você começou a ficar de certa forma mais ausente pra ele, principalmente quando sua filha ficava doente e você não poderia o encontrar. E isso desencadeou também uma insegurança nele, medo de estar sendo traído e não estar sendo bom o suficiente pra você. Então ele estava decido ir te perguntar pessoalmente se você estava insatisfeita, mas quando o mesmo bateu na sua porta ele deu de cara com você segurando a sua filha do colo, e instantâneamente você ficou nervosa " Konig, eu posso explicar..." Sua voz começou a ficar trêmula e ele piscou algumas vezes " explicar que voce está segurando uma cópia sua? Me parece ser uma longa história." Ele sorri e você fica confusa " está debochando de mim ? " Ele engole em seco e também fica nervoso " o que? Não. Não. Não. " Ele suspira " eu só estou surpreso, me desculpe se pareci rude, amor " ele se encolhe um pouco " eu vim pra conversar, mas parece que não preciso falar mais sobre o que eu vim falar " ele da uma risadinha " agora sei o motivo de você está mais distante e não estou tão inseguro... Mas estou um pouco triste por ter escondido isso de mim. Por ter escondido que tinha uma filha " você abaixa a cabeça " me desculpe por isso e entendo se não quiser mais estar nesse relacionamento " você diz com a voz trêmula " o que? Terminar ? Nem pensar. Eu sou um homem, um homem que te ama pra cacete e você ter uma filha não vai mudar meu amor por você, muito pelo ao contrário! Agora tenho motivos para amar ainda mais, amar vocês duas." A voz grossa dele invade seus ouvidos, a sinceridade e o amor que ele impõe nas palavras fazem o seu coração disparar.