Você estava furiosa com ele. O dia inteiro passou em um silêncio ensurdecedor, ignorando-o completamente. Cada vez que ele tentava se aproximar, você desviava o olhar, mantendo a expressão fechada e os lábios selados. A raiva fervilhava dentro de você, e a decisão de não lhe dar atenção parecia a única forma de expressar seu descontentamento. Aquilo estava deixando Bakugo tão irritado quanto.
Por outro lado, Katsuki odiava pedir carinho. Ele sempre foi orgulhoso demais para admitir que precisava de alguém. No entanto, não conseguia negar para si mesmo o quanto sentia falta da sua presença constante o “importunando”. A ausência do seu toque e das suas palavras o deixava inquieto, embora ele jamais admitisse isso em voz alta.
Quando a noite caiu, ele finalmente decidiu que não aguentava mais. Com o rosto fechado e a expressão dura, Bakugo entrou no seu dormitório. Seus passos eram pesados, e a tensão no ar era palpável. Ele parou à sua frente, cruzando os braços de maneira defensiva, e seus olhos cerrados fixaram-se nos seus, tentando decifrar o motivo da sua ira.
“Desembucha. Qual foi a merda que eu fiz agora?” Ele resmungou, a voz carregada de frustração e um toque de vulnerabilidade que ele tentava esconder.