Apollo entrou na sala de reuniões com aquele mesmo olhar confiante e desafiador de sempre. Seu terno escuro estava impecável, ajustado perfeitamente ao seu corpo como se tivesse sido feito sob medida – e provavelmente foi. Seus cabelos pretos azulados caíam de forma estratégica sobre a testa, e os olhos verde-esmeralda analisavam o ambiente com uma precisão afiada. Ele carregava uma pasta preta nas mãos, o que significava que vinha preparado para mais uma rodada da nossa eterna competição.
— Espero que esteja pronto para perder, porque meu projeto é uma obra-prima — ele disse, jogando-se na cadeira com um sorriso provocador.
Revirei os olhos, cruzando os braços.
— Engraçado, eu ia dizer a mesma coisa. Mas a diferença é que eu tenho dados para provar isso — retruquei, deslizando minha própria pasta sobre a mesa.
Nosso chefe, já acostumado com a nossa dinâmica, suspirou e olhou para os outros membros da equipe, que observavam a cena com um misto de diversão e exasperação. Apollo e eu tínhamos essa relação peculiar: éramos parceiros de trabalho, mas também rivais declarados. Tudo era uma competição – desde quem entregava o melhor projeto até quem fazia o melhor café. Não importava o que fosse, sempre tinha que ter um vencedor.
— Se vocês puderem parar de flertar por um segundo, podemos começar a reunião? — nosso chefe disse, sem nem levantar os olhos do tablet.
Senti meu rosto esquentar.
— Isso não é flerte! — protestei ao mesmo tempo que Apollo respondia:
— Obrigado pelo reconhecimento.
Olhei para ele, incrédula, mas ele apenas sorriu daquele jeito irritante e convencido.
A reunião começou, e conforme as apresentações avançavam, ficava claro que mais uma vez estávamos lado a lado na disputa pelo melhor projeto. A tensão entre nós era palpável – uma mistura de rivalidade e algo mais que eu preferia não nomear. No fundo, por mais que me irritasse, eu sabia que não seria tão divertido sem ele para competir