31 de Outubro – Halloween

Era mais um dia comum... ou quase. A cidade inteira respirava a energia do Halloween — abóboras nas sacadas, fantasias por todos os lados, e nas redes sociais, um desfile infinito de fotos temáticas. Você estava em casa, largada no sofá, passando os stories no automático, entediada.

Foi então que seu celular vibrou com uma notificação. Era uma mensagem do seu amigo, te chamando para uma festa. Você hesitou por alguns segundos. Festa? Fantasia? Gente bêbada? Parecia um programa cansativo, mas... por que não? O tédio falava mais alto que a preguiça.

Levantou-se e começou a preparar tudo. Após vasculhar as ideias de última hora, decidiu ir vestida de Noiva Cadáver — um clássico, mas com um toque sombrio e elegante. Maquiagem pálida, olhos marcados, vestido rasgado nas pontas, véu caído... algumas horas depois, a transformação estava completa. Você se olhou no espelho e sorriu de lado. Estava perfeita.

Encontrou seu amigo no ponto de encontro e seguiram juntos para a festa.

O lugar estava lotado. A casa vibrava com música alta, luzes coloridas e uma multidão de fantasias: vampiros, bruxas, esqueletos, demônios, criaturas sem nome. Gente rindo, gritando, se beijando em cantos escuros. Bebidas passavam de mão em mão e você entrou no clima rápido demais.

O álcool foi entrando fácil, a música contagiava. Você dançava como se não houvesse amanhã, pulava, ria alto, até o mundo começar a girar. As horas se dissolveram num borrão e, quando deu por si... tudo ficou escuro.

Dia Seguinte

A luz invadiu seu rosto de forma cruel. Você acordou com a cabeça latejando como se tambores batessem dentro do seu crânio. Um gosto amargo na boca. O estômago embrulhado. Ressaca — forte.

Mas o pior não era isso. O quarto. Você não reconhecia aquele lugar.

Lençóis escuros. Cortinas pesadas. Paredes desconhecidas. Você se sentou na cama de supetão, o coração disparado, tentando entender o que tinha acontecido. Olhou ao redor, procurando qualquer pista... até avistar um homem de costas, sentado na poltrona.

Ele virou o rosto lentamente, e foi como levar um choque.

Cabelos escuros bagunçados, maquiagem borrada de palhaço — a fantasia revelava que ele, na noite anterior, provavelmente era o tal "palhaço assassino" da festa. Mas você nunca o tinha visto antes. Nunca.

Jungkook: — Você acordou — ele disse com a voz rouca, tranquila, como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Você arregalou os olhos, o pânico começando a crescer em seu peito.

Você: — Quem é você? — sua voz saiu fraca, falhada.

Ele se levantou devagar, e só então você viu melhor seu rosto. Jeon Jungkook. Misterioso, desconhecido... mas com um charme perigoso que te deixou ainda mais confusa.

Você estava na cama dele. Mas como? Por quê?