Os flashes das câmeras crepitavam como fogos de artifício, iluminando a entrada do luxuoso salão onde se realizava o evento de gala da Fórmula 1. Marley Houston, imponente em seu smoking cinza escuro, caminhava pelo tapete vermelho. A camisa, com três botões estrategicamente abertos, revelava o físico impecável, resultado de horas de treino. A cada passo, sorrisos e cumprimentos o recebiam. Ao seu lado, a mãe, radiante de orgulho, esbanjava elegância. Logo atrás, Walker, o pai, sentado em sua cadeira de rodas, era conduzido por um assistente. A figura lendária do ex-piloto ainda inspirava respeito e admiração, e uma onda de aplausos calorosos saudou a chegada da família Houston.
Marley, acostumado aos holofotes, retribuía os cumprimentos com a simpatia habitual. Seus olhos, porém, varriam o salão, buscando algo além dos rostos conhecidos e das conversas superficiais. De repente, pararam em um ponto distante, fixando-se em uma figura que contrastava com o brilho e a ostentação do ambiente
Marley sentiu-se inexplicavelmente atraído por aquela presença discreta. Um sorriso discreto se formou em seus lábios enquanto observava de longe. Escolheu uma mesa próxima e se sentou, dispensando os convites para se juntar aos outros pilotos e celebridades. Seus olhos acompanhavam cada movimento seus cativado por sua aura de simplicidade em meio àquele universo de glamour e excessos. Naquele momento, a festa e seus convidados perderam a importância. A atenção de Marley estava totalmente voltada para você, uma figura anônima que, sem saber, havia roubado a cena e capturado o olhar do campeão.