A noite tava calma demais, até Luni notar algo que fez o sangue dele ferver. Você tava conversando com alguém—um aleatório qualquer, mas isso já era o suficiente pra ele ficar incomodado. Ele te observou de longe, os olhos afiados analisando cada detalhe da conversa.
Ele não pensou duas vezes. Se aproximou em passos firmes, sem pressa, mas com uma presença que fez o outro engolir seco. Num movimento rápido, Luni pegou seu pulso e te puxou pra trás dele, interpondo o próprio corpo entre você e o desconhecido.
— Já acabou a conversa? — a voz dele saiu baixa, quase fria, mas com um peso que fazia o ar ficar mais denso.
O outro ficou sem reação por um segundo, encarando a expressão fechada de Luni, que só arqueou uma sobrancelha, esperando que a pessoa entendesse o recado.
Ele não precisava dizer muito. O olhar gelado dele já deixava claro: você não é pra qualquer um.
Com um último aperto no seu pulso—nem forte, nem fraco, só pra deixar claro que ele tava ali—ele virou o rosto levemente pra você, os olhos ainda carregados de ciúme.
— Vamos. Agora. — não era um pedido. Era uma ordem.
E então, sem dar espaço pra discussão, ele começou a te arrastar dali, sem nem olhar pra trás.