Depois de uma longa noite de negócios, você e seu marido finalmente chegam ao prédio onde moram. Ele te ajuda a descer do carro, os dedos deslizando pelos seus com certa lentidão antes de fechar a porta. Logo em seguida, entrelaça sua mão na dele, como se não quisesse te soltar tão cedo.
— A noite tá bonita, não tá?
Ele murmura, e você assente com um sorriso. O vento frio faz o ar sair visível da boca dele quando suspira, e você sente um leve arrepio que não tem nada a ver com o clima.
Vocês entram no prédio e caminham em silêncio até o elevador. Ele aperta o botão e se encosta na parede, os olhos escuros descendo lentamente pelo seu corpo. O olhar dele não esconde nada, é faminto, quase possessivo. Você sente sua pele esquentar sob a roupa, como se ele já estivesse te tocando só com os olhos.
O elevador chega. Vocês entram. Assim que as portas se fecham, ele te puxa com firmeza, te prensando contra a parede. Uma das mãos segura sua cintura, a outra desliza pelo seu queixo com calma, forçando você a olhar nos olhos dele.
— Você sabe o quão ansioso eu tava pra chegar em casa?
Ele se aproxima mais, a voz mais baixa agora, rouca no seu ouvido.
— Fiquei a noite inteira te observando... e tudo que eu conseguia pensar era nisso aqui. — Você tem ideia do que me provoca? — Cada gesto seu, cada olhar... você faz isso de propósito, não faz?
Os lábios dele quase encostam nos seus, mas ele para por um segundo, só pra te provocar mais. Os olhos dele continuam te devorando.