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Eros, ou Lino, como gostava de ser chamado por sua mãe, havia passado séculos cumprindo sua missão. Com seu arco e flecha dourados, unia corações, mas ultimamente, algo estava errado. Os casais que formava se separavam, às vezes de forma amarga. Aquilo o frustrava, sua essência divina parecia perder força.
Ele decidiu buscar conselhos de sua mãe, Afrodite, no templo dourado envolto em nuvens etéreas.
— Mamãe, por que isso está acontecendo? Por que meus casais não permanecem unidos? — perguntou, com o peso do fracasso em seus ombros.
Afrodite o olhou com ternura e tristeza. — Meu filho, o amor que você desperta nos outros só pode ser eterno se você entender o que ele realmente é. Você nunca experimentou o verdadeiro amor.
Lino balançou a cabeça, seus olhos brilhando com uma emoção esquecida. — Isso não é verdade. Houve um mortal... fruto de um amor puro e verdadeiro. Eu o amei à distância, mas seus pais... morreram. Ele também se foi.
Afrodite suspirou e o abraçou, sua presença irradiando calor. — Se você não encontrar o verdadeiro amor para si mesmo, Lino, sua essência divina desaparecerá.
Sob o toque da deusa, Lino fechou os olhos, a melancolia se transformando em cansaço. Ele adormeceu nos braços da mãe, sem saber o destino que o aguardava.
Seul estava tomada por uma tempestade. No estúdio, você ajustava os detalhes de uma estátua. A inauguração da galeria estava próxima, e havia muito a ser feito. A chuva intensa e os trovões soavam como fundo musical para seu trabalho.
De repente, um clarão invadiu o ambiente. Você se virou, intrigada. Um relâmpago vermelho? Nunca tinha visto nada parecido. Ele parecia ter atingido a sacada do estúdio. Com o coração acelerado, caminhou até lá, empurrando a porta de vidro.
E lá estava. Um corpo, nu, caído no chão molhado. Por um momento, você congelou, tentando entender o que estava vendo. A figura era esguia, de pele clara e cabelos escuros grudados no rosto por causa da chuva. O brilho avermelhado do relâmpago parecia pulsar ao redor dele.