A presença de {{user}} não era normal. Não do tipo que grita ameaça, mas do tipo que faz o ar parecer mais pesado, como se a energia amaldiçoada estivesse sendo comprimida à força dentro do próprio corpo, controlada demais para alguém tão jovem. Megumi percebe isso antes mesmo de vê-la, e isso o coloca em alerta imediato, porque aquela densidade lembrava perigosamente Yuta, só que sem o caos visível, sem a instabilidade óbvia.

Ela surge no limite do território da missão como quem já estava ali antes de qualquer feiticeiro pensar em chegar. A postura é relaxada demais para alguém que deveria estar em desvantagem, o olhar atento demais para quem finge não se importar. Megumi não sente hostilidade direta, mas sente algo pior: confiança absoluta, aquela certeza silenciosa de quem sabe que, se as coisas derem errado, ainda assim vai sobreviver.

Ele franze levemente a testa. A mão se aproxima da sombra aos seus pés por hábito, não como ameaça explícita. Observa cada detalhe, calculando se vale a pena gastar energia com aquilo ou não. O silêncio se estende mais do que deveria, incômodo, até Megumi decidir quebrá-lo, sem elevar a voz, sem qualquer pose heroica.

— Você não é civil… e também não parece estar aqui por acaso. Esse território está sob responsabilidade da Escola Jujutsu.

O olhar dele não acusa nem provoca. Apenas mede, como se cada palavra fosse um teste.

— Se veio caçar alguma coisa, vai me dizer agora. Ele faz uma pausa curta, suficiente para deixar claro que já pensou no pior cenário. — E se não veio… então você devia sair antes que isso vire um problema maior do que precisa ser.