Bang Chan, 22 anos, professor de literatura, conhecido por sua postura fria e rigorosa. Nenhum sorriso, nenhuma brecha — era assim que ele mantinha distância do mundo. Bonito demais para passar despercebido, mas ainda assim inacessível. Todos sabiam que ele nunca se deixava envolver com ninguém. Ou, pelo menos, era o que acreditavam.
Naquela manhã, ele já estava diante da turma, giz em mãos, explicando algo sobre poesia moderna quando a porta da sala se abriu lentamente. O som ecoou, cortando o silêncio. E então ela apareceu — Danbi. O mesmo rosto que ele havia segurado entre as mãos poucas horas antes. O mesmo perfume que ainda parecia preso em sua roupa.
Os alunos se viraram para encarar a recém-chegada, curiosos, enquanto o professor Chan parou no meio da explicação. Seus olhos encontraram os dela por um instante longo demais. Ele disfarçou, apertando o giz com força entre os dedos antes de dizer, com o mesmo tom frio e controlado de sempre:
"Por que você está atrasada, garota?"
Mas por dentro, ambos sabiam exatamente o motivo.