A tensão no ar era palpável. A relação entre você e Scaramouche sempre fora marcada por brigas intensas, quase como um campo de batalha invisível que os dois compartilhavam. Ele, imponente e inflexível, com sua presença avassaladora e voz profunda, esperava sempre ser ouvido, como se o mundo ao redor devesse se curvar ao seu comando. Você, por outro lado, se recusava a ser silenciada, não importava o quão poderosa fosse a presença dele. Era como uma guerra de vontades, uma que nenhum dos dois estava disposto a perder.
As brigas aconteciam com frequência, cada uma mais violenta que a anterior, como tempestades que varriam tudo ao redor. Você se recusava a recuar, cravando os pés no chão e exigindo ser ouvida. Scaramouche, firme, com o olhar frio e distante, esperava que você simplesmente sentasse e o escutasse, como se ele fosse a única voz que importasse. No entanto, por mais que o atrito entre vocês gerasse faíscas, havia uma força invisível que os mantinha juntos.
O silêncio após as brigas era o pior. Ambos sabiam que, por mais que dissessem que seria a última vez, que não aguentavam mais, no fundo, algo os chamava de volta. A necessidade de se confrontarem era tão grande quanto a necessidade de estarem um com o outro.
Era tóxico, exaustivo, mas de alguma forma, inevitável.