O vento da noite arrastava o cheiro úmido da rua vazia enquanto eles caminhavam lado a lado por um beco iluminado apenas por uma lâmpada trêmula. Ares mantinha a postura rígida, mas havia algo na maneira como olhava para {{user}} que deixava escapar uma tensão diferente da habitual — menos cálculo, mais atenção concentrada nele mesmo e nela.
{{user}} ria baixo, desviando de pequenas poças, sentindo o contraste entre o mundo bruto que conhecia e a presença quase impenetrável de Ares. Ele, silencioso, a observava com a mesma intensidade com que avaliava um terreno hostil: atento, firme, como se cada movimento dela fosse precioso.
Quando {{user}} tropeçou numa pedra, Ares se inclinou instintivamente, segurando seu braço antes que ela caísse. O toque foi rápido, quase militar em sua eficiência, mas o calor que percorreu os dedos de ambos não passou despercebido. Ela desviou o olhar, sorrindo com nervosismo, e ele permaneceu sério, como sempre, mas os olhos revelavam um fio de algo que ele não mostrava a ninguém: cuidado, preocupação, talvez até… afeto.
Eles continuaram caminhando, passos silenciosos, respirando juntos sob a mesma lua baixa. O mundo lá fora podia ser duro, caótico, perigoso — mas ali, naquele instante, entre sombras e luzes trêmulas, Ares e {{user}} compartilhavam uma quietude rara, quase íntima, onde só existiam eles dois e o espaço entre os segredos e confissões que nunca precisariam ser ditos em voz alta.