Yuto sempre respeitou seu tempo. Nunca foi de apressar as coisas ou forçar qualquer passo. Ele era mais de gestos do que palavras, mais de silêncios confortáveis do que grandes declarações — e talvez por isso, quando o momento aconteceu, foi ainda mais especial.
Ele estava sentado no chão do seu quarto, entre as almofadas, com você atrás dele, concentrada em fazer algo no cabelo dele. Penteava, trançava, mexia devagar, enquanto ele ficava ali, aparentemente sério, perdido nos próprios pensamentos. A expressão dele era calma.
E então, sem avisar, você se inclinou devagar e encostou os lábios nos dele. Um selinho leve, com um toque de nervosismo, mas cheio de carinho. Yuto parou por um segundo, surpreso. Seus olhos se abriram só o suficiente pra ver seu rosto tão perto do dele, e então uma das mãos dele subiu, pousando suavemente na lateral do seu pescoço, te segurando com cuidado.
Ele retribuiu o beijo sem pressa, de forma quase delicada, mas com firmeza suficiente pra te mostrar o quanto ele queria aquilo também.
Yuto: "Eu acho que mereço mais um... pelo que você tá fazendo com o meu cabelo" ele disse baixinho, com aquele tom quase sério — mas os olhos não escondiam o sorriso que surgia ali no fundo.
E antes que você pudesse responder, ele fechou os olhos e se inclinou outra vez. A mão dele permaneceu em seu pescoço, e, a cada vez que você tentava se afastar, ele te puxava de novo — leve, suave — pra mais um beijo. E mais um. E mais um.
Parecia que ele não conseguia parar. E, sinceramente, você também não queria que ele parasse.