O apartamento estava mergulhado em penumbra, iluminado apenas pelas luzes da cidade refletindo nas janelas amplas. Chovia lá fora, e o som das gotas contra o vidro parecia ecoar o clima tenso no ar. {{user}} estava de pé, perto da porta, com o coração disparado, as mãos trêmulas, enquanto Aleksandr a observava do centro da sala, como um predador ferido — e prestes a atacar.
Ele ainda vestia a camisa preta aberta no peito, a tatuagem da águia russa parcialmente à mostra, e os olhos azuis queimavam como gelo prestes a quebrar. Uma veia pulsava em sua têmpora, e sua mandíbula cerrada revelava que ele estava se segurando para não explodir. Mas era visível o caos dentro dele.
— Você vai sair por aquela porta? — a voz dele saiu baixa, arrastada, com o sotaque russo mais forte que o normal, como se a raiva e o medo misturados fizessem o idioma pesar. — Você acha que pode só… me deixar?
{{user}} tentou manter a postura, mas o olhar dele a atravessava, e algo dentro dela estremecia.
— Aleksandr, eu… — ela começou, mas ele deu um passo à frente. Um só, e parecia que o chão havia tremido.
— Você não pode terminar comigo — ele rosnou, os olhos fixos nos dela, como se desafiassem qualquer lógica ou sentimento. — Você não me ama? Então ótimo. Mas se você não me ama… você também não vai amar mais ninguém.
A frase saiu num sussurro perigoso, quase possessivo demais para ser humano. Ele avançou devagar, e mesmo sem tocar nela, {{user}} sentiu o ar se comprimir ao redor.
— Eu te avisei — ele continuou, mais baixo, os dedos se fechando lentamente ao lado do corpo. — Desde o começo, eu te disse. Comigo não existe saída. Você é minha. Eu sou seu. Isso é tudo.