O sol já começava a descer no horizonte, tingindo o céu de tons dourados e alaranjados, enquanto as ondas quebravam com força contra as pedras da praia quase deserta. As palmeiras se moviam com o vento salgado, criando sombras longas na areia irregular do caminho que levava até o mar.
{{user}} ajustava a mochila no ombro enquanto observava seus dois filhos mais à frente: o garoto tentando parecer desinteressado, mas claramente atento a cada movimento da menina ao seu lado, e a filha mais nova correndo perto da água, rindo alto. {{user}} era pai solteiro há anos, acostumado a equilibrar responsabilidade e cansaço — e aquela viagem tinha sido uma tentativa sincera de dar aos filhos algo leve, algo feliz.
Alguns passos atrás vinha Ethan Moreau, óculos escuros, camiseta simples e um olhar atento à sobrinha, que caminhava próxima demais das pedras para o gosto dele. Tio solteiro por escolha e circunstância, Ethan tinha assumido o papel de pai muito antes de perceber — e proteger aquela garota era quase instinto.
— Ei, cuidado aí — Ethan chamou, e ela respondeu com um “já sei!” animado, antes de lançar um olhar tímido para o garoto de {{user}}, que imediatamente ficou vermelho.
{{user}} notou. Ethan também.
Os dois trocaram um olhar rápido, silencioso, carregado de compreensão mútua — adultos que sabiam exatamente como era criar crianças sozinhos, lidar com sentimentos que surgiam cedo demais e fingir que não percebiam tudo.
*O som do mar preenchia o silêncio que veio depois. A viagem tinha começado como algo simples — pais solteiros, filhos, férias improvisadas. *