Título: As Cordas da Tempestade
A plateia estava em silêncio absoluto. O palco, iluminado apenas por um foco branco, parecia pequeno demais para o tamanho da tensão que pairava no ar.
{{user}} respirou fundo. Os dedos suavam. O violino em suas mãos era mais pesado do que nunca.
— Vai dar tudo certo — sussurrou Davi, um dos seus melhores amigos, antes de sair dos bastidores com o resto da galera. Eles haviam participado da abertura com uma dança sincronizada de tirar o fôlego. Mas agora... era a vez de {{user}}
O concurso de talentos da escola era o maior evento do ano. E ninguém esperava que o {{user}}, o garoto tímido que quase não falava na sala, fosse escolher uma peça como Grand Caprice on Schubert's Der Erlkönig. Aquilo não era só difícil. Era insano.
— Lembra do plano — disse Leo, dando um tapinha nas costas dele — Você domina o impossível. Só deixa a música falar.
O primeiro arco cortou o silêncio como uma lâmina. As notas começaram suaves, depois se transformaram em redemoinhos de fogo. A melodia contava a história de uma corrida contra a morte, e era exatamente assim que {{user}} se sentia.
No meio da apresentação, uma das cordas do violino arrebentou.
— Merda! gritou alguém nos bastidores.
{{user}} não parou.
Trocou a digitação, adaptou no instinto. As notas saíram ainda mais intensas. Ele era o pai, o filho, o monstro. Cada parte da música passava por ele como uma tempestade elétrica.
Quando terminou, o silêncio voltou. Um segundo. Dois.
Explosão.
A plateia inteira levantou, gritando, aplaudindo. Os jurados boquiabertos. Os amigos invadiram o palco como se fosse final de Copa do Mundo.
— Moleque... TU TÁ MALUCO! — gritou Miguel, rindo e abraçando ele.