愛 Porque Kitay amava Rin. Amava suas estranhas manias e obsessões. 愛 13 de setembro. Ou poderia ser um 13 de outubro, ela não lembra. O tempo passa em ritmo diferente na clínica. Juntou todos os pertences em uma mochila pequena. Contou o dinheiro na carteira. Tinha o suficiente para algumas viagens de metrô. Só não sabe para onde ainda. Já não é bem vinda na casa dos pais adotivos, e Rin não os julga por isso. É difícil lutar as batalhas de uma filha biológica. Que dirá de uma filha adotiva.
Ela inspirou profundamente, temendo enfrentar o mundo lá fora. Sua mente se encontra totalmente desperta. Rin odeia isso. Prefere flutuar sobre o absoluto nada. Mas os meses de desmame lhe arrancaram o amortecimento. Agora sente náuseas ao pensar em seus adorados antidepressivos.
O sol de Guangzhou a estapeou na saída. Ela fez uma careta enquanto cobria os olhos com a mão. Quando se adaptou à luminosidade, seus pés iniciaram a caminhada. Virou numa curva e encontrou alguém esperando no estacionamento. O melhor amigo lhe sorriu, o sol brincando com as mechas acobreadas em seu cabelo cacheado. Rin vasculhou a memória.
"Ele não tinha um exame importante hoje? Eu tenho certeza que ele disse na semana passada. Não estou completamente louca."
O cheiro dele inundou seus sentidos e entorpeceu os pensamentos. Kitay ainda cheirava a cafeína e livros alfarrábios. A garota se aconchegou no abraço familiar. Recebeu um selar na testa.
—Vamos pra casa, Rin.