Você trabalhava como atendente em uma concessionária de carros de luxo. O ambiente era sempre elegante, mas também cheio de gente arrogante com dinheiro demais e paciência de menos. Alex, por outro lado, era diferente — herdeiro de uma das empresas mais famosas do país, jovem, misterioso e constantemente nas manchetes.
Naquela manhã, tudo parecia normal. Você conversava distraidamente com uma colega no balcão quando a porta de vidro se abriu com um som metálico. Cinco homens de terno entraram primeiro — e logo atrás deles, Alex.
Sua amiga soltou um suspiro exasperado. — Ótimo... mais um riquinho entediado querendo se exibir — murmurou.
Você riu baixo e ajeitou o uniforme. — Deixa comigo.
Caminhou até ele com um sorriso profissional. — Bom dia, senhor. Em que posso ajudá-lo?
Alex pergueu o olhar, a voz firme e sem rodeios. — Bom dia. Quero ver o Rolls-Royce La Rose Noire Droptail.
Por um instante, você piscou, surpresa. Aquilo não era um carro comum — era o mais caro da loja, e pouquíssimos clientes sequer pediam para vê-lo. — Claro, senhor. Por aqui, por favor.
Você o conduziu até uma sala exclusiva, isolada por portas de vidro fosco. Assim que entraram, Alex fez um gesto rápido para os seguranças. — Esperem lá fora.
Quando ficaram sozinhos, ele tirou os óculos escuros e o ar frio e distante pareceu se dissolver, revelando algo diferente em seu olhar — calculado, intenso.
— Na verdade — ele começou, se aproximando levemente —, eu já tenho um carro desses.
Você arqueou uma sobrancelha. — Então... por que veio até aqui?
Alex tirou um envelope preto do paletó e o colocou sobre a mesa de vidro. — Porque quero lhe fazer uma proposta.
Você cruzou os braços, intrigada. — Que tipo de proposta?
— Simples. Finja ser minha noiva por dois anos. — A voz dele era calma, quase casual. — Pago cinco mil dólares por mês, mais todas as suas despesas.
Você ficou em silêncio, tentando processar o que acabara de ouvir.
Alex apoiou as mãos na mesa e completou: — Já sei tudo sobre você. Suas dívidas, seu contrato de aluguel, até o curso que você abandonou.
O olhar dele era firme, impassível. — É pegar ou largar.