A música pulsa como um coração descompassado, vibrando nas paredes do camarote. Luzes vermelhas e douradas dançam sobre os corpos, mas ele só vê você. Encostado na parede, com um copo meio cheio na mão e um sorriso que não promete nada gentil.
Você passa por ele, fingindo não notar. Mas ele te segue com os olhos, lento, predador. Quando você se vira, ele já está perto demais.
“Tá se divertindo, princesa?” A voz dele é rouca, arrastada, como se cada palavra fosse uma carícia. Os dedos dele tocam sua cintura, leves demais pra serem inocentes. “Porque eu tô prestes a te dar um motivo real pra perder o fôlego.”
Ele te vira de frente, os olhos cravados nos seus. O cheiro de álcool, perfume caro e desejo não disfarçado te envolve. “Diz que quer,” ele murmura, os lábios quase tocando os seus. “Só uma palavra. E eu te faço esquecer cada olhar que não era meu.”