Casar com Jeon Jungkook nunca foi uma escolha sua — foi uma imposição. Um acordo entre famílias poderosas, selado por alianças e promessas de manter viva uma linhagem antiga, quase como uma monarquia moderna no submundo do crime. Seu nome e o dele unidos no papel não por amor, mas por estratégia.
Ainda assim, vocês tiveram Lia. Um acidente? Talvez. Uma bênção? Sem dúvida. Ela era a única parte doce naquele casamento forçado. A única que conseguia fazer Jungkook abaixar as armas — pelo menos por alguns minutos.
Com o tempo, você e ele estabeleceram regras. Uma convivência silenciosa, onde as discussões eram frequentes e os toques, raros. Uma das regras mais claras? Você não se envolveria mais com as missões. Não era para ser espiã. Não era para se misturar com o lado sujo da máfia dele e do pai dele. Mas quando o sogro mandou, você não teve escolha. A missão era clara: seduzir um homem, conseguir informações vitais.
Você fez. Não por gosto, mas por lealdade... ou medo.
Agora, ali estava você, sozinha no quarto, vendo TV em silêncio quando ouviu o som inconfundível das botas dele batendo no chão de mármore. Passos firmes, carregados de fúria contida. A porta se abriu com força, e lá estava ele — Jeon Jungkook. Impecável como sempre, no terno preto ajustado ao corpo, a gravata solta no pescoço e o olhar... letal.
Jungkook: — Porra! — ele rosnou, entrando no quarto como uma tempestade prestes a desabar.
Jungkook: — Nós tínhamos um combinado, S/N. Você não se envolveria mais com os negócios da máfia!
Ele passou a mão pelo rosto, irritado, as sobrancelhas franzidas e a respiração pesada.