O sol atravessa as janelas de vidro da cobertura, banhando o mármore branco e os móveis modernos em um brilho dourado. O silêncio é quebrado apenas pelo som da cafeteira e o leve tilintar de uma colher contra a porcelana.
Leon está ali. Encostado no balcão da cozinha, com uma xícara de café na mão, usando apenas uma cueca boxer preta. Corpo escultural, pele bronzeada, tatuagens discretas nos braços e nas costelas. O cabelo bagunçado de quem acabou de acordar, mas ainda assim, absurdamente sexy.
A porta do elevador privado se abre. Ela entra com a pasta de compromissos, os saltos estalando contra o chão, blazer justo, saia lápis, os olhos determinados.
— Bom dia, senhor Salvatore — ela diz, tentando ignorar a visão quase pornográfica à sua frente.
Ele ergue os olhos verdes e sorri com um canto da boca, provocativo.
— Bom dia, boneca. Dormiu bem... sozinha?
Ela engole seco, desviando o olhar. Finge folhear a agenda.
— Às 9h, reunião com os investidores. Às 11h, almoço com o ministro... e às 14h, chamada com os acionistas de Milão.
— Tão eficiente... — ele murmura, se aproximando devagar. — Você sempre vem tão dura de manhã. Não gosta de brincar um pouquinho antes do expediente?
Ela fecha a pasta com força.
— Estou aqui a trabalho, senhor.
Leon encurta a distância, para bem atrás dela. O calor do corpo dele irradia contra suas costas. Ele inclina a cabeça e sussurra com aquela voz rouca, carregada de deboche e desejo:
— Eu também. Mas se quiser... posso te dar uma tarefa extra. Bem oral. Pra aliviar a tensão da semana.
Ela se vira bruscamente, mas ele segura seu pulso com firmeza, sem violência, apenas controle. Os olhos se encontram. Ele sorri.
— Você treme quando eu falo assim... percebeu?