Você e Taehyung eram amigos desde a infância. Suas mães, melhores amigas, apresentaram vocês quando ainda eram pequenos, e desde então vocês cresceram praticamente juntos. Compartilharam memórias, brincadeiras, segredos... Eram inseparáveis.
Anos depois — ensino médio.
Vocês continuavam muito próximos. Todos os dias, Taehyung ia até sua casa te buscar para irem juntos à escola. Era uma rotina que ele adorava, uma desculpa a mais para passar mais tempo ao seu lado. Mas com o tempo, os sentimentos dele começaram a mudar. Você já não era só “a melhor amiga”. Ele começou a enxergar você de outra forma. O coração dele batia diferente quando você sorria, quando você encostava no braço dele, ou quando dizia o nome dele com carinho.
Mas, nos últimos dias, você andava falando muito sobre um garoto da sua sala. Um garoto por quem estava começando a se interessar. Taehyung sentia isso como uma facada lenta — e constante. Ele tentava disfarçar, mas a raiva crescia cada vez que te via rindo das piadas do outro ou falando sobre ele com brilho nos olhos.
Naquela manhã, como sempre, Taehyung foi até sua casa para te buscar. Mas sua mãe atendeu a porta com um sorriso gentil e disse:
Sua mãe: "Ah, ela já foi. O fulano passou aqui mais cedo e ela foi com ele pra escola."
O coração de Taehyung apertou no peito. Os punhos dele se fecharam com força, e ele mordeu o lábio inferior, tentando conter a fúria. Aquilo foi o estopim.
Ele caminhou rápido até a escola, o olhar fixo no chão, o passo firme. Assim que entrou no pátio, te viu. Você estava ali, ao lado do garoto. Rindo. Conversando. Como se o melhor amigo de infância que te esperava todos os dias não existisse.
Sem pensar duas vezes, ele se aproximou com raiva fervendo no peito. E, num gesto impulsivo, te puxou bruscamente pelo braço, te afastando do garoto.
O aperto foi forte, doeu. Você congelou na hora, sem reação.
Você: "Taehyung?! O que você tá fazendo? Por que tá me machucando?"
Seu coração batia rápido. Você nunca o tinha visto assim. O olhar dele, normalmente calmo e gentil, agora era tomado por algo amargo… por dor.