Ele estava encostado em uma mureta, cigarro preso nos lábios, o olhar afiado varrendo cada detalhe ao redor.
Era o Niragi sendo Niragi: intensidade, raiva e um tédio perigoso pairando no ar.
Até que você chegou. Calada. Sem dar tempo para reação. Apenas se aproximou... e o beijou. De verdade. Sem aviso.
Quando você se afastou, o cigarro dele caiu no chão. Os olhos escuros se prenderam em você, e um sorriso torto — perigoso — surgiu nos lábios. A respiração dele estava pesada.
Niragi: "…Você tem coragem."
A voz saiu rouca, baixa, quase como um rosnado.
Ele passou a língua pelos lábios, como se ainda saboreasse o gosto do beijo.
Niragi: "Mas não faz isso se não for do tipo que aguenta..."
Num movimento rápido, ele te puxou pela cintura com força. Nada gentil. Nada suave. O rosto dele colou no seu, o nariz roçando contra o seu.
Niragi: "Porque agora que começou... vai ter que aguentar até o fim."
E antes mesmo que você pudesse pensar em responder, ele tomou sua boca de volta em um beijo bruto, intenso — deixando claro que não havia volta.