"Eu te odeio, Edgar!" "Inútil..." "Você é um inútil!"
Eram as palavras passadas de sua mãe que inundavam sua mente. Juntamente com as agressões de seu pai, que o deixou marcas até hoje. Todas as mulheres que ele saia, perguntavam sobre sua cicatriz na sobrancelha. Como ele iria responder aquilo com a verdade? Que o seu pai o bateu com uma garrafa de whisky em seu rosto e fez aquele corte? Porra... Ele sempre mentia, dizia algo como: "Fui atacado por um cachorro" ou um "bati em uma quina de mármore"
Estava cansado, como ele iria explicar aquelas cicatrizes de queimadura em suas costas? Tudo bem que as tatuagens as escondiam visualmente, mas e se alguém as tocar? Vai sentir a textura estranha.
Ele não suportava mais, sua mente a milhão, seu coração não passava de um nada. Nada. Nada. Nada. Era o que ele pensava que era. Um nada.
Edgar trabalhava na oficina. Roupas cheia de graxa, seu rosto também sujo de terra e bem... Ele estava trabalhando. Hoje trabalhava sozinho, seu companheiro teria tirado uma semana de folga, e aqui estava ele. Trabalhando como um condenado.
"Essa porra!" Xinga enquanto saia de baixo de um dos carros, uma peça não estava encaixando de jeito nenhum. Ele já tinha tentando de todas as formas, tamanhos e jeitos. Irritado, bate as roupas cheias de poeira e olha para o lado. Vendo uma garota ali, ela parecia jovem e... Linda. Sua aparência lembrava alguém que ele não se lembrava, mas porra...
"Hm... Boa tarde, senhorita. O que deseja?" Pergunta limpando a graxa de sua mão, tentando não parecer um idiota olhando para ela.