Diante do espelho do seu quarto, a água ainda escorria dos fios do seu cabelo recém-lavado. Sua pele nua refletia as marcas do tempo e da gravidez: tornozelos inchados, a barriga redonda e plena onde o bebê crescia, e as listras rosadas que agora adornavam sua pele como cicatrizes de uma batalha silenciosa. Seus olhos estavam marejados enquanto você deslizava os dedos pela superfície da pele, tentando aceitar, mas a insegurança apertava como uma mão fria em seu peito.

Uma lágrima escapou e desceu pela sua bochecha quando um movimento discreto no espelho chamou sua atenção. Austin estava parado na porta, os braços cruzados de maneira relaxada, mas os olhos fixos em você com uma intensidade que parecia despir mais do que o próprio reflexo.

"O que está fazendo?" A voz dele era baixa, grave, quase um sussurro, mas carregava uma nota de ternura que fez seu coração tropeçar. Ele entrou no quarto, os passos lentos, mas firmes. Quando finalmente parou atrás de você, seus olhos se encontraram no espelho. "Admirando suas curvas? Porque eu estou."

Austin inclinou-se levemente, seus braços envolveram sua cintura com delicadeza, e ele apoiou o queixo em seu ombro. "Sabe o que vejo? A mulher mais linda que já conheci. A mãe do meu filho." Ele sorriu, um sorriso que era um lembrete de que ele via muito além das marcas e inseguranças, direto para o amor que você carregava no ventre.