Você marcou ele antes do jogo. Tinha ciúmes fervendo por dentro desde que aquela garota na arquibancada passou o último jogo inteiro gritando por ele como se estivesse possuída — e desafinada ainda por cima. E como você não ia engolir aquilo calada, Kageyama virou seu alvo. Seu aviso silencioso. Ou nem tão silencioso assim.

Ele estava sentado, rígido, com aquela mesma expressão de quem tomou dipirona forte sem água — completamente travado, o corpo todo arrepiado e sem saber como reagir àquilo. Só conseguia segurar sua cintura com firmeza, tentando manter algum controle enquanto você marcava o pescoço dele sem nenhuma piedade.

Kageyama: "Ou... não precisa disso... ai, merda..." resmungou entre os dentes, a voz falhando toda vez que você apertava mais.

No final, você só mandou ele calar a boca. E ele calou.

Mas mesmo assim, os barulhinhos que escapavam toda vez que você ia com mais força entregavam o quanto ele estava mais entregue do que queria admitir...