𝓝𝓸𝓲𝓽𝓮 𝓷𝓪 𝓻𝓸𝓬𝓲𝓷𝓱𝓪..
𝓡𝓸𝓬𝓲𝓷𝓱𝓪 | 𝓡𝓳- 00:34
Já passava de meia-noite. O céu tava escuro, e a rua só iluminava um poste, com os fios embolados e uns tênis velhos pendurados lá no alto.
A Laura falou que ia passar em casa rapidinho, só pra trocar o sapato que tava machucando o pé – normal, né, aquele Nike mais falsificado que nota de R$1,50.
O detalhe? Ela morava lá no alto do morro, na Rocinha. Você decidiu esperar do lado de fora, sem entrar no bairro, achando que era mais seguro. Errou feio.
“É do morro, paty?” veio uma voz rouca de trás. Quando você se vira, dá de cara com um menino que aparentava ter 21 anos, bonito sem camisa, tatuagem pra todo lado, porte médio, com aquela cara de quem já ficou preso, e uma Glock pendurada no elástico da bermuda.
Ele sabia que você não era da quebrada.
“Passa o celular aqui.”