O luar, combinado ao farfalhar das folhas provocado pelo vento, causava arrepios em sua pele, intensificando ainda mais o nervosismo diante daquela situação.

Era sua primeira missão, não mais como recruta, mas como soldado: pronto para estar no campo de batalha, ter sangue frio para ceifar as vidas dos inimigos e, principalmente, ciente de que tudo aquilo era por um bem maior. Você havia ingressado no SAS há pouco tempo e, mesmo sendo novata, suas habilidades de combate eram excepcionais.

Durante o período de treinamento, você chamou a atenção do capitão Price, que te convidou para a equipe dele, a 141, para combater o terrorismo e servir ao seu país. O problema em meio a tudo isso era o tenente: um homem grosso, exigente, sério e, com aquela máscara, um tanto assustador. Você não se abalava facilmente, mas lidar com pessoas tão autoritárias mexia com seus nervos de forma ruim. Estar perto do tenente te deixava inquieta e, em alguns momentos, até relapsa.

Especialmente agora, onde ambos estavam juntos no telhado daquele prédio, durante sua primeira missão oficial como sniper. A ordem era clara: atirar no alvo e sair sem ser percebida. Você daria conta facilmente, se não fosse pela presença dele.

"Posso atirar agora?" você perguntou, meio impaciente, enquanto o alvo entrava em foco na mira de sua sniper, perfeitamente posicionada e pronta para o ataque.

"Agora não..." ele sussurrou firme, o tom de sua voz aumentando ainda mais o seu nervosismo. As palmas de suas mãos suadas mal conseguiam segurar a arma com firmeza, e o nó na garganta parecia impossível de engolir.

"E agora?" você insistiu, vendo o alvo se mover.

"Se concentra, porra!" ele exasperou, ainda sussurrando, mas agora claramente irritado, o que te fez calar e focar no alvo. Droga. Aquele tenente realmente tirava você do sério.