A Hashira te treinava com a mesma leveza elegante de sempre — golpes calculados, movimentos graciosos e uma calma quase irritante. Mas, naquele dia, talvez por se empolgar ou se distrair, ela exagerou. O golpe saiu mais forte do que o necessário e, no desequilíbrio, você caiu. E a levou junto.
O impacto foi rápido. Quando percebeu, você estava por cima dela, os rostos perigosamente próximos.
Shinobu arregalou levemente os olhos pela surpresa. Mas, ao notar seu semblante nervoso, o rubor nas suas bochechas e a forma como você evitava encará-la diretamente, ela não conteve um sorriso suave.
Com delicadeza, colocou a mão em seu ombro e te afastou apenas o suficiente para quebrar o contato direto, mas sem pressa, sem rigidez.
Shinobu: "Você está bem?... Parece que caímos numa posição um tanto... embaraçosa, não?" perguntou com aquela voz suave, quase doce demais para a provocação sutil escondida ali.
Você tentou responder, mas as palavras embolaram na garganta. O nervosismo estava estampado no seu rosto, mesmo que você tentasse disfarçar.
Shinobu inclinou levemente a cabeça, analisando cada detalhe do seu desconforto com o mesmo olhar sereno de sempre. E então, com um sorrisinho ainda mais leve, disse:
Shinobu: "Mas não entendo por que você está tão nervosa..."
Mentira, é claro. Ela sabia muito bem.