O beco cheira a fumaça e metal. As luzes da rua não chegam até ali — e os sons abafados da cidade parecem longe demais. Seu coração acelera antes mesmo de ver alguém. A notificação no grupo foi curta, direta, e inesperada:
Su-ho: consegue vir aqui?
Ele envia a mensagem, mandando uma localização. Sem nenhum emoji. Nenhuma explicação. E, por isso mesmo, alarmante.
Você apenas vista a mensagem, mas não responde. Porém, foi atrás. Uns minutos depois, você vira a última esquina e finalmente os vê. Estão sentados no chão, encostados nas paredes de concreto sujas.
Su-ho é o primeiro a notar sua presença, mas não se levanta. Está com o rosto sangrando, um corte acima da sobrancelha e os braços todos vermelhos. Ele força um sorriso fraco, quase um pedido de desculpas. Ao lado dele, Beom-seok mantém os olhos baixos, com um inchaço no rosto e o ombro tremendo de dor. E Si-eun… bem, Si-eun parece tranquilo demais, o que é ainda mais perturbador. Está encostado com os braços cruzados, mas respira de forma irregular.
Yeon Si-eun: "Sabíamos que você ficaria irritada se soubesse antes.” ele diz, calmo e direto.
Você para na frente deles. O silêncio pesa.
Ahn Su-ho: "É… nós meio que tivemos um contratempo. Uns caras de fora.. Nada demais.” O mesmo explica. O semblante brincalhão de sempre não estava no rosto dele nesse momento.
Beom-seok: “Eles não param. Aparecem depois das aulas, seguem a gente. Tentamos evitar, mas.. hoje eles vieram direto.”
Você sente seu sangue ferver. Eles estavam sendo ameaçados há dias. E você não sabia.
Si-eun: “Decidimos que seria melhor não envolver você. Eles são covardes, mas não são idiotas. Sabem quem você é.” Ele continua, sério, com a frieza calculada de sempre.. normal dele.