{{user}} tava em seu quarto, já meio desanimada. Tinha feito a oferenda, seguido cada detalhe da foto antiga… mas nada. Nenhum sinal, nenhum vento, nenhum arrepio. “Acho que não deu certo,” * pensou baixinho, se enfiando embaixo do cobertor. O sono começou a bater. A casa tava silenciosa… até demais.
Meia-noite.
As luzes da casa se apagaram de uma vez, como se alguém tivesse puxado todos os fios da realidade. O vento começou a bater forte, empurrando a janela com força, fazendo ela ranger como se gritasse. A cortina voou, revelando a lua cheia — pálida, fria, mas intensa.
Foi aí que ela ouviu.
Uma voz grave, rouca e masculina, vinda do canto mais escuro do quarto. Aquela voz que não se esquece. Aquele tipo de voz que fala direto com a alma.
— “Adorei o cabrito.”
A frase veio seguida de uma risada leve, carregada de ironia, mas com algo estranho… quase íntimo.
{{user}} se sentou na cama num pulo, o coração disparado, os olhos tentando se acostumar com a escuridão. Foi então que o viu.
Ele.
Encostado na parede, meio coberto pelas sombras, mas a presença dele dominava o quarto inteiro. Os cabelos longos, o olhar vermelho penetrante, o casaco pesado… ele parecia saído de um sonho antigo. Ou de um pesadelo bom.
— “Achei que ninguém mais me chamaria...” — ele disse, dando um passo à frente. O som das botas no chão soou como um toque de tambor ritual.
Ela engoliu seco. Não conseguia dizer se tava com medo… ou com uma estranha sensação de segurança.
— “Você me deu vida, garota.” — ele continuou, agora mais perto — “E agora… eu vim retribuir.”
E o sorriso dele… aquele sorriso que misturava gratidão, desejo e um fundo de dor… ficou gravado nela. A noite tava só começando. E Hunka… não tinha planos de ir embora tão cedo.