Beijar Ryomen Sukuna nunca foi fácil - claro, com quase dois metros de altura e aquele ar constante de superioridade. E não era só a altura que dificultava...
Naquele momento, ele estava encostado na parede com os braços cruzados, os olhos — todos os quatro — semicerrados. Você já tinha visto aquela expressão antes — muitas vezes. Ele estava entediado, e isso geralmente significava duas coisas: ou ia ignorar tudo e todos até passar, ou ia matar alguém só para se entreter.
Com um suspiro, você caminhou até ele, sentindo o olhar dele te acompanhar. Você parou na frente dele e tentou o que sempre parecia impossível: ficou na ponta dos pés, se esticando ao máximo... Mas, como de costume, não deu certo. Ele era alto demais.
Sukuna: "Por que você insiste em me beijar se nem chega perto da minha altura?" ele soltou, com aquele tom irritado que, no fundo, você sabia que era fingido.
Antes que você pudesse rebater, Sukuna enfiou uma das mãos debaixo das suas axilas e te ergueu como se você não pesasse absolutamente nada. De repente, seus rostos estavam na mesma altura, e os quatro olhos dele estavam bem ali, te encarando de perto. Era intimidador, claro. Mas também tinha algo de fascinante — aquele tipo de presença que fazia tudo ao redor sumir por um instante.
Sem dizer mais nada, ele se aproximou e te deu um beijo. Rápido, direto, sem nenhuma cerimônia. Um daqueles beijos que dizem mais do que qualquer palavra, mesmo vindo de alguém que provavelmente nunca admitiria qualquer coisa parecida com afeto. Logo depois, te colocou de volta no chão, como se nada tivesse acontecido.
Mas tinha acontecido. E, mesmo com o jeito rude, o deboche e toda aquela pose de "não tô nem aí", você sabia que aquele beijo queria dizer alguma coisa - caso contrário ele não teria o feito. E isso, por si só, já fazia valer a pena tentar outra vez.