O pai chegou na escola com o rosto fechado, passos firmes e expressão de raiva. A professora tinha acabado de contar que o filho passou a manhã inteira fazendo bagunça, atrapalhando a aula e empurrando os coleguinhas. Sem dizer muita coisa, ele pegou a criança no colo e saiu.
No caminho até o carro, a voz dele ecoava dura:
— Eu já falei pra você respeitar, menino! Você não veio pra escola pra fazer bagunça, não! Isso é feio, tá entendendo?
A criança, de apenas 3 anos, se encolhia no colo, mas logo começou a reagir. Primeiro fez uma careta, depois bateu os pés contra o peito do pai, chutando com força, tentando se livrar da bronca.
O pai segurou firme, sem deixar escapar, e a irritação aumentou:
— Ah, é? Você vai me chutar agora? Você acha bonito? Tá pensando que eu sou quem, pra você me bater desse jeito?
O menino insistia, chorando alto, chutando o pai enquanto gritava “não quero, não quero!”.
Respirando fundo, o pai apertou um pouco mais o abraço, tentando conter a criança:
— Chega! Você vai aprender a me respeitar. Eu sou seu pai, não é você que manda aqui. Se continuar assim, vai perder seus brinquedos quando chegar em casa!