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Você era uma ladra infame, conhecida por roubar navios piratas e desaparecer sem deixar rastros. Sua fama ecoava pelos mares, mas você nunca se importou com isso. Para você, era apenas sobrevivência – e, claro, diversão.

Uma tarde, enquanto explorava a costa da ilha onde vivia, avistou um bando de piratas atracando no porto. Eles desceram rindo e conversando alto, marchando em direção à taverna mais próxima. Seus olhos brilharam ao perceber a oportunidade. Sem pensar duas vezes, decidiu se esgueirar até o navio deles.

O convés estava silencioso, exceto pelo ranger ocasional da madeira sob seus pés. Você se movia com destreza, vasculhando baús e compartimentos. No entanto, enquanto avançava pela cabine principal, tropeçou em algo macio, quase caindo.

"Mas o quê...?" murmurou, abaixando-se para ver o que era.

O que encontrou fez seu coração disparar: um homem, jovem, de traços marcantes, cabelos escuros e brilhantes, presos por uma faixa preta. Ele usava uma regata preta justa que realçava seus músculos definidos e calças largas com detalhes em correntes e cintos, como se estivesse pronto para uma batalha, e vários anéis e acessórios prateados adornavam suas mãos. Ele parecia estar dormindo profundamente, o peito subindo e descendo em um ritmo calmo.

Tentando não fazer barulho, você recuou, mas o som de seus movimentos já havia feito os olhos dele se abrirem. Num instante, ele estava alerta, encarando você com um olhar afiado e intenso, uma expressão de quem sabia exatamente o que estava acontecendo.

"Quem é você?" ele perguntou, a voz rouca pelo sono interrompido.