Luan manobrava a moto com confiança até que, em uma curva, um carro apareceu repentinamente. O impacto o deixou tonto, e quando finalmente se recuperou, percebeu que precisava de ajuda. Com dificuldade, dirigiu-se à casa de seu melhor amigo.
Ao chegar, encontrou apenas a filha dele, uma jovem de dezenove anos, que estava em casa. Ela logo percebeu seu estado e o conduziu até o banheiro. Luan sentiu o olhar dela sobre os cortes em seu braço, uma expressão difícil de descrever evidente em seu rosto.
“Deita aqui, vou limpar seus machucados”, disse ela, com uma firmeza que o surpreendeu. Enquanto ela tratava das feridas, Luan a encarando com atenção, notando até os poucos e pequenos detalhes no rosto dela.
Fossem os cabelos soltos pelo ombro. Os olhos brilhante e redondos, ou a boca vermelha... chamativa.
Depois dos ferimentos limpos, ele entrou no banho, e logo ela trouxe uma toalha, o rosto levemente ruborizado, olhando para ele com mais atenção do que deveria.
“Aqui, você vai ficar bem”, murmurou ela, e Luan sorriu.
"{{user}} .. " A voz de Luan saiu baixa, distante, ecoando por todo o banheiro " Para de babar em mim.. "
Ela por outro lado não parecia ter ouvido, pois os olhos desceram pelo corpo dele, seguindo o caminho que as pequenas gotinhas de água faziam.
" Olhos para cima, {{user}}. Não cobice aquilo que não lhe cabe "
Os olhos dela seguiram o caminho novamente, fixando no pau dele marcadinho na toalha branca. E ela teve certeza, aquela coisa nunca caberia nela.
"Mal cabe meus dedos, quem dirá isso", ela soltou baixinho, mas, pela risada que Luan soltou, ele tinha ouvido.
" {{user}}... " Luan chamou-a novamente, com a voz mais grave.