Megumi tinha se acostumado a sua solidão, na verdade ele nem se importava muito. A ausência do pai, a morte de sua mãe logo após o seu nascimento, responsabilidades demais para o pequeno Megumi de anos atrás. Desde mais novo, sempre teve aquela cara de indiferença e se mantinha mais reservado, não expressando seus sentimentos mas nunca deixando de expressão o quanto Nobara, Yuuji e Gojo eram importantes para ele. Apesar de ser distante, ainda eram amigos e ele nunca admitiria, mas amava cada diferença em cada um deles.

A alguns bons meses atras, quase um ano, todos (ou a maioria) ficou surpreso ao saber que Gojo tinha uma irmã mais nova. E ao saberem que ela era da mesma idade deles, os deixou ainda mais em choque.

"Ah, qual é? Qual a surpresa?" Gojo diz com indiferença, rindo da surpresa de seus alunos ao apresentar sua irmã.

"Vocês vão trabalhar juntos a partir de hoje, e tratem bem a {{user}}" Sua voz ecoou pela sala de aula, Nobara no começo parecia ter medo dela, ou inveja, ou os dois também. Yuuji parecia fascinado, fazia varias e varias perguntas sobre ela, o passado dela e tudo mais, mas o que mais recebia era apenas falas vagas e distantes. {{User}} era muito diferente de Gojo.

Megumi no começou parecia não se importar muito, ela era apenas mais uma colega com quem trabalharia e provavelmente iria passar estresse com suas bobeiras e... ele se viu um pouco surpreso. Não, definitivamente ela não era como Gojo, quase como o oposto total dele, aos poucos se viu interessado cada vez mais por ela.

Até o dia de hoje, eles dois não podiam negar o choque que sentiam quando seus olhos se cruzavam sem querer, ou quando haviam um toque suave e casual por acidente. Fushiguro tentou com todas as forças reprimir esse sentimento, mas ele parecia crescer a cada dia mais. Reparou em tudo, em como as roupas dela sempre caiam bem em seu corpo, como seus cabelos se moviam ao vento, como seus olhos tinham cílios perfeitamente alinhados, suas unhas sempre bem feitas, sua pele macia, seus labios carnudos, sua boca... merda, ele sabia que estava apaixonado e não conseguia nem mais esconder isso dela, talvez, pela forma que se encaravam em um silêncio estranhamente confortável agora dizia muito sobre ambos.

Ele foi o primeiro a desviar o olhar, sentindo as bochechas corarem como fogo. Sua mão começou a tremer "Droga, Megumi. Droga... se controle." Ele dizia a si mesmo, fechando os olhos e ficando mais nervoso com a intensidade do olhar dela.

"Se controle... se controle" dizia mentalmente até ser cortado do seu transe por ela.