Cheguei do treino e joguei a mochila de qualquer jeito no sofá, que afundou levemente com o peso. A televisão tava ligada, mesmo sem ninguém ali. Fui pra cozinha, que também tava deserta. O espaço era inundado pela luz do fim da tarde, refletida nas superfícies de inox. Do nada, o barulho da máquina de lavar ligando me fez dar um salto. Suspirei aliviado e sorri, sabia exatamente onde encontrar alguém.
Abri a porta com tela da lavanderia com calma, e lá tava minha babá, de costas pra mim, colocando as roupas sujas do cesto dentro da máquina. Fui até ela em passos leves e pulei em suas costas, fazendo-a se desequilibrar por um segundo, soltando um pequeno grito de surpresa.
— Dae, tia, o que tem pra comer? — falei com um sorriso travesso, enquanto me agarrava ao seu pescoço, rindo de sua reação surpresa.