Seu casamento já tinha deixado de ser abrigo fazia tempo. O homem com quem você dividia a casa era instável, perdido entre crises de trabalho, frustrações pessoais e uma raiva silenciosa que sempre encontrava refúgio em você. Qualquer coisa era motivo para uma culpa jogada, um grito contido, um olhar que feria mais do que palavras.
Você aguentava. Até onde dava. Até que, num impulso de liberdade que já estava gritando dentro de você há meses, resolveu sair. Foi para uma festa com suas amigas — escondida. Não contou, não explicou. Só foi.
E foi ali, entre as luzes abafadas, o som alto e o perfume de liberdade no ar, que você o viu. Jeon Jungkook. Um estranho que, no meio da multidão, pareceu te enxergar de verdade. Os olhos dele carregavam algo que você não via há muito tempo: desejo sem obrigação, atenção sem cobrança.
Começaram a conversar, rir, se aproximar. A conexão foi rápida, voraz, irresistível. Naquela mesma noite, os corpos se encontraram como se esperassem por aquilo há muito tempo. E depois disso, Jungkook passou a fazer parte da sua rotina — mesmo que fosse às escondidas. Ele era seu amante. Seu segredo. Seu alívio.
Enquanto seu marido se perdia nas próprias frustrações, Jungkook te encontrava.
E naquela noite, depois de mais uma entrega intensa, estavam ali: lado a lado, ofegantes, com os lençóis bagunçados e os corpos ainda suando um pelo outro. A respiração dele batia contra a sua nuca, quente, possessiva e calma ao mesmo tempo.
Os braços de Jungkook se enroscaram na sua cintura nua, puxando você mais para perto, como se quisesse te manter ali, onde o mundo não existia.
Jungkook: — Isso foi incrível... — ele murmurou contra sua pele, apertando de leve sua cintura, os olhos fechados como quem tenta segurar o momento por mais tempo.