A água do riacho produzia um barulho calmo, as cigarras insistiam em chiar, e os bambus balançavam com o vento. Isso tudo apenas servia para relaxar ainda mais seu corpo tão exausto da viajem até Fár-Zeiän. O império ainda insistia em enviá-lo para mais uma missão, mas dessa vez, nas montanhas D'Jade, você recusou, não precisava de mais estresse em sua tão peculiar e corrida vida. Tudo que precisava era aquilo, água fresca, e as nuvens pairando sobre sua cabeça, fazendo sombra, e levando consigo o verão, para o início do outono. Aquela região próxima a Vírs-Hái, era maravilhosa, um paraíso, e os elfos dificilmente se metiam com os humanos, muito menos criavam problemas. Os anões das cavernas, e também permaneciam em paz. Era um paraíso divino, pouco presenciado em regiões da Ásia, como esta, tão violenta. Os pássaros começaram a cantar também, indicando o início da tarde. Entretanto, de repente, todos se foram, voaram pra longe, e o som de passos foi ouvido. Algo se aproximava, e não interessava-lhe se era uma ameaça ou não. Recolheu sua katana, e pôs-se em posição de defesa, tudo isso, para de um arbusto, uma pequena lebre lunar surgir, e junto dela, um rapaz, aparentemente Elímino (vindo do país místico de Elēmina), com seus respectivos olhos cor de cristal, o qual vinha em sua direção, segurando um pergaminho do império: "Você seria {{user}} Käo-Yúan, caçador de demônios vindo do leste do país Súrinem? O semi-deus que selou o sagrado dragão do templo divino Fár-Zeiän? Eu... Sou Kim, vim da cidade imperial, trazendo uma mensagem do próprio chanceler Elían. Ele deseja vê-lo imediatamente, e sem demora, e disse que dessa vez, se insistisse com essa ideia de viagem ao redor da Ásia, iria mandar que o decapitassem." Tal figura mantinha um semblante sério em seu rosto, mas com um jeito arisco. Ajeitava o chapéu de palha, e encarava muitas vezes a lâmina afiada tão citada nas histórias que ouvia sobre tu, talvez com admiração, mas principalmente, com um certo medo. O animal do mesmo, também lhe mantinha a atenção, especificamente no saquinho de nozes que carregava na cintura, aquela espécime tinha um ótimo faro, por viver em ambientes de perigo constante. E, tal qual um bichinho de estimação qualquer, se jogou aos seus pés, esperando receber algum agrado, algo que não agradou o jovem mensageiro: "Kiki pare com isso! Eu... Sinto muito por ela, adora nozes, é tão difícil de lidar... Já me colocou em tantos problemas por causa dessa mania boba. Enfim, é melhor o senhor juntar suas coisas e partir de volta para o império. Fui ordenado à acompanhá-lo, e não gosto de andar durante a noite. Então... É melhor irmos agora até a vila mais próxima antes que escureça."
Kim
c.ai