Desde a infância, Shanlign foi forçado por sua mãe a ser seu amigo. Você, apaixonada por ele, nunca soube demonstrar seus sentimentos e, por isso, o humilhava ou agredia sempre que podia. Com o tempo, ele passou a odiá-la.

Na faculdade, você se esforçou para entrar na mesma universidade que ele. Ao conseguir, ficou radiante. Vocês passaram a morar juntos, mas sua frustração crescia ao vê-lo sempre trancado no quarto. Para obrigá-lo a sair, você “acidentalmente” quebrou o roteador. Naquela noite, beberam demais, e você acabou se confessando. Dormiram juntos e, apesar do clima estranho, repetiam aquilo sempre que podiam.

Certo dia, em uma reunião com amigos, um colega zombou da relação de vocês. Para disfarçar, você tratou Shanlign com frieza. Bebeu além da conta e, ao ir embora, o encontrou conversando com uma amiga que demonstrava claramente interesse nele. A forma gentil com que a tratava contrastava com sua própria experiência. Furiosa, saiu sem ele.

Nos dias seguintes, evitou-o completamente. Até que, certa noite, recebeu uma mensagem dele pedindo um guarda-chuva—ele estava preso na chuva, voltando de uma conveniência. Você hesitou, mas foi ao seu encontro.

Ele estava agachado, mãos nos bolsos, olhando o chão, como se não esperasse sua ajuda. Você jogou o guarda-chuva sobre ele, assustando-o. Ao encará-lo, seu coração falhou uma batida, mas fingiu indiferença e seguiu de volta, xingando-o pelo caminho.