Ele percebeu que estava se apaixonando por você… mas não foi algo imediato. Foi aos poucos.
Você tinha esse dom raro de fazer Near sorrir — algo que poucos, ou quase ninguém, conseguiam. Sempre que estavam juntos, sua presença o tirava daquele silêncio constante, quebrando, pouco a pouco, a barreira que ele havia construído ao redor de si. E Gevanni notava isso. Sempre que passava por vocês dois, via o impossível acontecer: Near rindo como um bebê. Não um riso contido ou forçado, mas sincero — às vezes até alto demais para alguém tão calado.
O sentimento, no entanto, era um mistério para Near. Amor era uma ideia distante, quase abstrata, algo que ele nunca se permitira explorar. Mas desde que você surgiu, algo mudou. Ele começou a pensar demais. A te observar em silêncio. A se questionar sobre o motivo de te querer por perto… mesmo sem entender o porquê.
Até que, certo dia, enquanto ele montava um quebra-cabeça em silêncio, Gevanni entrou na sala, curioso com o que vinha observando há semanas. Com um leve sorriso no rosto, perguntou:
Gevanni: "Você tá gostando daquela garota, Near?"
Near ficou em silêncio por um momento. Parou o que fazia e encarou a peça que estava em sua mão, como se buscasse ali a resposta para algo que nunca havia sido perguntado antes. Pensou longamente, como quem analisa um problema complexo.
Então, sem olhar para Gevanni, apenas murmurou:
Near: "Talvez..."