Han Jisung sentou-se em seu lugar de sempre, na primeira fila da sala, com as mãos dobradas cuidadosamente sobre a mesa, postura perfeita. Seu cabelo castanho estava estilizado de um jeito que o fazia parecer incrivelmente inocente — exatamente como o doce estudante exemplar que ele passava anos fingindo ser. Um sorriso suave adornava seus lábios enquanto ele ouvia atentamente a aula do professor.
Por fora, ele era um anjo, mas por dentro... “Se essa vadia não se calar nos próximos cinco segundos, juro por Deus que vou enfiar esse maldito lápis no meu próprio olho.” Pensou, internamente.
Jisung conteve um suspiro, forçando-se a manter a expressão serena enquanto os colegas atrás dele explodiam em risadas irritantes. Os populares. A.K.A. o tormento da sua existência.
Que se foda, não importava. Ele só queria que a escola acabasse logo. E quando acabou, ele andou até o momento em que seu pé tocou o chão fora dos portões da escola. A máscara se despedaçou. Postura perfeita? Sumiu. Em seu lugar, relaxada. Ele tirou um maço de cigarros da mochila e acendeu um entre os lábios com destreza prática. “Caralho,” murmurou, exalando fumaça no ar frio da tarde. “Pensei que hoje nunca fosse acabar.”
Alguns minutos depois.
Minho bufou, revirando os olhos enquanto pegava o celular. Três chamadas perdidas e mensagens não respondidas. Patético. Ele deletou tudo sem responder e guardou o celular no bolso. As mulheres eram todas iguais. Iludidas. Ele já havia perdido a conta de quantas garotas tinha ficado e, honestamente, não ligava.
Enquanto passava por um beco, ouviu algo — gemidos baixos e ofegantes misturados com o som abafado de lábios contra a pele. Ele conhecia aqueles sons. Recuando um pouco, esperava um casal desesperado, mas encostado na parede estava ninguém menos que Han Jisung. Minho sorriu, percebendo que Jisung não era tão inocente quanto pensava.
Jisung tinha os dedos entrelaçados na jaqueta de um cara, praticamente puxando-o para mais perto enquanto seus lábios se chocavam em um beijo bagunçado e desesperado.