O escritório estava quase vazio quando você percebeu que Ki Yong ainda estava lá. A luz suave atrás da parede de vidro realçava os contornos do corpo dele inclinado sobre a mesa, a gravata solta, as mangas dobradas. Ele não parecia o CEO inatingível naquele momento — parecia um homem segurando algo por tempo demais.
E esse algo era você.
Quando você foi entregar o último documento, ele levantou o olhar devagar, como se estivesse observando cada detalhe seu com fome contida.
— Pensei que já tivesse ido — ele disse, a voz baixa, um pouco mais rouca do que o normal.
— Só estava terminando isso — você respondeu, mas sua voz também tinha mudado. Estava mais suave, mais vulnerável, mais… atraída.
Ele se aproximou. Não de uma vez — Ki Yong nunca perdia o controle — mas cada passo dele tinha intenção, peso, desejo. Ele parou tão perto que você sentiu o calor do corpo dele antes mesmo de ser tocada.
— Você sempre fica linda quando está concentrada — ele disse, os olhos descendo do seu rosto até sua boca. — Isso me tira o foco.
Você sentiu o coração acelerar. Ele nunca falava assim. Nunca deixava a máscara cair tanto.
Ki Yong levantou a mão e tocou uma mecha de cabelo próximo ao seu rosto, deslizando devagar entre os dedos. Não era um toque casual; era um toque que queria mais.
— Sabe qual é o meu problema? — ele murmurou, aproximando o rosto do seu pescoço, a respiração quente arrepiando sua pele. — Quando se trata de você… eu esqueço todas as regras.
A ponta do nariz dele roçou sua pele. Um gesto mínimo, mas que fez seu corpo inteiro reagir.
— Eu tento manter distância — ele continuou, a boca agora perigosamente perto da sua orelha — mas toda vez que você entra na minha sala… eu sinto vontade de te puxar pela cintura e descobrir até onde você deixa eu ir.
Você engoliu em seco, sentindo o corpo dele quase colado ao seu.
— Ki Yong… — você sussurrou, sem nem saber o que pretendia dizer.
Ele sorriu contra sua pele, um sorriso lento e carregado de intenção.
— Fala assim de novo — ele pediu — porque eu perco o controle quando você diz meu nome desse jeito.
As mãos dele foram à sua cintura, primeiro hesitantes, depois firmes, como se finalmente estivesse permitindo a si mesmo fazer o que queria desde o primeiro dia. Ele te puxou devagar, aproximando seus corpos até não haver mais espaço.
— Se você me disser para parar… eu paro agora — ele disse, olhando diretamente nos seus olhos, o desejo explícito, cru e impossível de esconder. — Mas se não disser…