𝓐 𝓷𝓸𝓼𝓼𝓪 𝓪𝓶𝓲𝔃𝓪𝓭𝓮 𝓬𝓸𝓵𝓸𝓻𝓲𝓭𝓪..
𝓒𝓱𝓪́𝓬𝓪𝓻𝓪 𝓭𝓮 𝓴𝓪𝓲𝓬𝓴𝔂 | 𝓢𝓹 - 5:43
O sol já começava a se despedir no horizonte quando o clima na chácara ficou mais lento. As conversas diminuíram de volume, os copos já não estavam tão cheios, e o céu ganhava aquele tom alaranjado que fazia tudo parecer cena de filme, e os amigos de vocês não tinham chegado ainda.
Paola estava sentada na espreguiçadeira, com o corpo ainda úmido da piscina. O biquíni preto grudado na pele realçava cada curva dela, e o cabelo, molhado, escorria pelas costas como uma moldura natural. Ela bebia devagar de uma latinha, observando o reflexo do céu na água da piscina, os olhos escondidos atrás dos óculos de sol.
Kaicky estava dentro da piscina, encostado na borda, só de short tactel — colado ao corpo, marcando tudo, o peito exposto, as gotas d’água descendo lentamente pela pele bronzeada. Ele fingia relaxar, mas seus olhos estavam fixos nela. Era impossível ignorar.
Paola sabia. Sempre soube. Desde os momentos em que ele se aproximava demais sem motivo, desde os sorrisos safados, as olhadas demoradas e as mãos que se “esbarravam” nela com mais intenção do que ele admitia. E ela… deixava. Não sempre. Não muito. Só o suficiente pra deixá-lo preso.
Kaicky saiu da piscina devagar, os músculos contraídos do frio da água, mas o corpo quente de desejo. A água escorria pelas pernas, pelo abdômen. Parou ao lado dela com um meio sorriso.
— Tá olhando o quê aí? — ele perguntou, com a voz baixa e aquele tom de deboche que só usava com ela.
Paola nem levantou os óculos. Só respondeu com um sorriso de canto:
— Nada que te envolva.
Ele riu de leve, se aproximando mais. Esticou a mão e encostou nos pés dela, ainda úmidos da piscina. Paola deixou, esticando uma das pernas, os dedos deslizando até o peito dele, onde as gotas ainda escorriam.
— Cuidado, hein — ela provocou.
Kaicky segurou o tornozelo dela com firmeza, mas suave, subindo os dedos pela canela até a parte de trás da coxa.
— Você sempre fala isso... mas nunca me impede — ele murmurou, se inclinando.
Sem dar tempo pra resposta, ele encostou os lábios no pescoço dela. Um beijo. Depois outro. Lento. Quente. Proibido — e mesmo assim, autorizado. Paola fechou os olhos por um segundo, sentindo a pele arrepiar. Mas logo puxou o rosto dele de volta, os dedos enroscando no cabelo molhado.
— Aqui não — disse, com os olhos sérios, mas a voz baixa, como se não quisesse que ninguém mais ouvisse.
— Mas você deixa — ele insistiu, com aquele sorriso que ela odiava amar.