Você era filha de um motorista particular — um homem honesto, que há anos trabalhava para um dos CEOs mais importantes do país: Jeon Jungkook.
Desde que completou 18 anos, começou a acompanhar seu pai com mais frequência nas idas à mansão de Jungkook. Às vezes ajudava nos afazeres domésticos, cozinhava algo simples ou limpava os cômodos para aliviar o trabalho da pequena equipe da casa. Era uma forma de ajudar em casa e ocupar seu tempo.
Jeon Jungkook era um homem impressionante. Tinha 27 anos, e apesar da pouca idade para um executivo, comandava uma das maiores empresas multimilionárias do país. Sempre bem vestido, elegante, com um olhar sério e postura firme — o tipo de homem que impunha respeito sem precisar dizer uma palavra. Mas também havia algo nele que te deixava inquieta, mesmo sem entender muito bem o porquê.
Numa noite qualquer, você estava na cozinha, terminando de organizar uma bandeja com garrafas de bebida e petiscos. Do outro lado da casa, Jungkook e alguns amigos conversavam e assistiam algo animadamente na sala de estar, rindo alto entre uma bebida e outra.
Foi então que a voz firme dele ecoou do corredor:
Jungkook: — Pode trazer mais, por favor.
Você respirou fundo, pegou a bandeja com as duas mãos e foi até a sala. Ao se aproximar, todos os olhares se voltaram para você por um instante, mas logo voltaram ao filme. Jungkook, no entanto, manteve o olhar em você por um segundo a mais do que o necessário. Havia algo curioso em sua expressão, difícil de interpretar.
Você estendeu a bandeja, e ele pegou uma das garrafas, os dedos dele roçando de leve nos seus.
Jungkook: — Obrigado. Tá tudo certo aí?
Você: — Sim, senhor. Se precisar de mais alguma coisa, é só chamar.
Ele assentiu com um pequeno sorriso — aquele tipo de sorriso que não dizia muito, mas deixava seu estômago levemente revirado. Você se afastou em silêncio, ciente do peso do olhar dele nas suas costas.