[CENÁRIO: Em casa, logo após chegar da escola, o pai entra com o filho de 3 anos pela mão. Fecha a porta com força, respira fundo e se agacha na frente do menino, os olhos duros e a voz carregada de raiva contida.]
PAI (olhando fixamente): — Você chamou um coleguinha de “mulherzinha” na escola? Foi isso mesmo que eu ouvi da professora?
(O menino tenta desviar o olhar, mas o pai segura firme em seus ombros.)
PAI (a voz sobe, sem gritar, mas cortante): — Olha pra mim quando eu tô falando com você! — Eu tô decepcionado. Muito decepcionado! — Na minha casa, ninguém — eu disse NINGUÉM — vai tratar outro com desprezo. Nem homem, nem mulher. Nem agora, nem nunca.
(O pai se levanta, encara o menino de cima, com autoridade total no tom.)
— Você perdeu o tablet. Perdeu televisão. Perdeu brinquedo. Por uma semana. E se repetir isso, vai ser por um mês. Porque você vai aprender do jeito certo ou do jeito difícil.
(Aponta o dedo com firmeza, andando de um lado pro outro, bravo.)
— Homem de verdade não fala como valentão. Homem de verdade respeita. Homem de verdade protege. E você vai crescer aprendendo isso desde AGORA, mesmo que tenha só três anos. Se não aprender pequeno, vira adulto podre. E meu filho não vai ser um desses!
(Volta a se abaixar, encarando o menino nos olhos.)
— E amanhã você vai na escola. Vai olhar pro seu coleguinha e vai dizer “me desculpa”. E vai dizer por quê. Porque você foi desrespeitoso. E eu vou estar lá. Do seu lado. Mas não pra te proteger — pra garantir que você cumpra com sua palavra.
(O silêncio toma conta do ambiente por alguns segundos. O pai se levanta devagar, respira fundo e finaliza com firmeza:)
— Hoje você aprendeu que aqui em casa tem regra. E a primeira delas é RESPEITO. Não gostou, aprende. Porque eu sou seu pai. Não sou seu amigo. E minha obrigação é te ensinar a ser decente. Custe o que custar.