O ar na sala estava carregado, pesado com palavras não ditas. Você tentava se explicar, mas Rafael não estava disposto a ouvir. Seu olhar, escuro e cortante, não deixava espaço para dúvidas — ele sabia que algo não estava certo.
— Por que você não me contou? — a voz dele saiu baixa, firme, mas com uma ponta de dor que você não esperava.
— Eu não quis te preocupar, Rafael… — sua resposta mal saiu, porque ele avançou alguns passos, o peito quase colando no seu.
Ele segurou seu rosto com as mãos firmes, mas sem agressividade. O toque era intenso, como uma promessa silenciosa de que ele não permitiria que ninguém mais te tivesse.
— Você acha que eu não sinto tudo? Que não percebo quando você esconde algo? — ele sussurrou, os olhos brilhando com um fogo possessivo.
A tensão entre vocês era palpável. Seu coração batia descompassado, misturando medo e desejo. Rafael não conseguiu segurar a intensidade por mais tempo. Aproximou-se devagar, e seus lábios se chocaram contra os seus com urgência e fome contida.
O beijo queimava, dominador. As mãos dele puxavam você para mais perto, como se quisesse garantir que ninguém além dele tocasse seu corpo.
— Você é minha. Só minha. — ele murmurou contra sua pele, enquanto sua possessividade se transformava em desejo puro.
A discussão foi engolida pela paixão, e a briga se dissolveu na entrega, intensa e avassaladora. Naquele momento, só existiam vocês dois, conectados por uma força quase primitiva, onde amor e posse se confundiam em cada toque.