A mansão estava mergulhada em um silêncio acolhedor e envolta em sombras, quando Vincent ouviu o som distinto de uma porta sendo destrancada. Do seu lugar na penumbra, sentado em uma poltrona de couro no canto mais afastado da sala, ele observou o contorno delicado de sua nora surgir na entrada, e por um momento, a respiração dele ficou suspensa.

A casa estava escura, os únicos pontos de luz sendo o brilho ocasional da lua que se infiltrava pelas janelas. Vincent manteve-se nas sombras, suas feições escondidas enquanto ela se aproximava. Ele não fez um som, apenas observou quando ela parou no centro da sala, como se estivesse tateando no escuro em busca de uma presença, uma confirmação, talvez buscando por Mateo — Filho de Vincent, e namorado de {{user}}.

Ela hesitou confusa, mas um sorriso travesso começou a se formar em seus lábios, como se o silêncio apenas aumentasse sua excitação. Ela abriu um sorriso radiante, os olhos como se notasse alguem, e então se aproximou mais fundo na sala, rumo a Vincent, que permanecia imóvel, atento a cada movimento seu. Parecia que todo o espaço entre eles havia sido reduzido a um mero sopro de distância, e antes que ele pudesse sequer ponderar suas intenções, ela se inclinou.

De repente, a sensação de seus lábios roçando os dele o pegou completamente desprevenido.

Um beijo profundo e doce.

Ela tentou recuar, ainda ofegante, mas ele a pegou e colou em seu colo beijando com mais vontade.

Ela se entregou ao beijo, quase ficando sem ar, e então murmurou em um gemido doce, quase num sussurro:

" Amor... " Ela disse, os olhos semicerrados em contentamento.

Por um segundo que pareceu eterno, o silêncio dominou a sala novamente. Vincent piscou, processando o que acabara de acontecer.

Ah, ela achou que ele fosse Mateo. Isso explicava muita coisa.

" Amor? "

Repetiu ele, o tom grave e envolvente preenchendo o espaço vazio.

" Bom, eu não me colocaria assim, mas se é como você quer me chamar... "